Lavoura de arroz: 5 passos para o aumento da produção
A rizicultura exige escolhas, cuidados e planejamento do início ao fim para ter uma lavoura produtiva, responsável e sustentável.
A rizicultura exige escolhas, cuidados e planejamento do início ao fim para ter uma lavoura produtiva, responsável e sustentável.
O cultivo de arroz é uma das principais culturas agrícolas do país, com potencial para maiores negociações e maior lucratividade a cada safra. Para ajudar você a trilhar o caminho do sucesso, ou seja, aumentar a produtividade de sua lavoura, separamos os cinco passos mais importantes para produtores do setor orizícola terem uma lavoura mais rentável. Confira!
Especialistas são categóricos em dizer que a etapa de preparo do solo é crucial e que, se feita de forma errada, pode impactar diretamente o processo de produção. Essa fase inicial, de modo geral, envolve a correção de imperfeições do microrrelevo, o preparo da superfície do solo para receber as sementes e, principalmente, o controle de plantas daninhas e da erosão do solo.
Também é um momento de manusear os restos de cultura ou da palha da última colheita. Realizar a preparação prévia do solo significa criar condições iniciais ideais para a semeadura do arroz e, ainda, para os outros estágios de implantação e desenvolvimento da lavoura arrozeira.
A rizicultura pode ter três formas de preparo de solo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): convencional, cultivo mínimo ou plantio direto. Mas a escolha de qual delas usar depende da época e das características da região de cultivo.
Outra decisão fundamental é a definição do sistema de plantio a ser adotado, se por sequeiro ou por irrigação e, para isso, é necessário avaliar as condições do local de plantio: região geográfica, relevo, tipo de solo, disponibilidade de água para irrigação e regime de chuvas.
De acordo com a Embrapa, um arroz irrigado tende a ser mais produtivo, uma vez que a planta recebe a quantidade ideal de água e é mais protegida contra doenças, pragas e plantas daninhas. O que é comum a ambos os métodos e deve ser observado nessa etapa são: a limpeza do terreno em questão, o manuseio dos restos de cultura e palhas da última safra, a aplicação de produtos pré-emergentes para evitar as plantas daninhas e o uso de fertilizantes para a nutrição ideal do arroz.
Essa etapa se refere à escolha do material ideal para plantio, pois existem variedades para atender às diversas regiões do país. É essencial utilizar sementes de boa qualidade e certificadas, além de pensar no alcance de estande da cultura (o número de plantas por unidade de área).
A melhor opção de semente é sempre vinda de campo conduzido e certificado para produzir sementes. Esses campos seguem critérios regulamentados e inspecionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Sendo assim, sementes certificadas apresentam características fundamentais, como: procedência, pureza genética, qualidade sanitária (livre de pragas, doenças e plantas daninhas), são livres de material inerte e sementes de outras espécies e possuem alta germinação e vigor.
Também é recomendável contar com um profissional técnico ou engenheiro agrônomo para analisar localização, clima, temperatura, histórico de doenças ou pragas (e sua resistência) e tolerância a herbicidas. Outros fatores que a Embrapa destaca nessa escolha são a disponibilidade de água na região (para o sistema de plantio), a tecnologia utilizada na área e a fertilidade do solo em questão.
Tal visão macro revela ao produtor o potencial produtivo, a tolerância a longos períodos sem água e o ciclo de desenvolvimento que se pode esperar, uma soma de critérios que revela a cultivar mais indicada a ser escolhida pelo produtor. O sucesso do seu planejamento exigirá organização, informação e antecipação.
Esse passo é essencial para qualquer lavoura arrozeira, afinal, o arroz precisa de água em abundância para se desenvolver e apresentar alto teor produtivo. Esse momento também está ligado diretamente à escolha do sistema de plantio, porque vai determinar a sua dependência das condições climáticas ou não.
Se a irrigação na quantidade ideal é imperativa para garantir a alta produtividade dos grãos, a melhor estratégia, segundo especialistas, é escolher o período ideal de plantio, para não haver estresse hídrico nos momentos mais importantes do ciclo de desenvolvimento do cereal.
Todos os passos anteriores trazem a este momento, no qual o produtor já conhece o histórico da região de plantio e quais as culturas que estão no seu entorno, o que dá condições de aplicar medidas de prevenção e controle no manejo de acordo com as orientações de um agrônomo para combater as famigeradas doenças e pragas que trazem vulnerabilidade para a lavoura arrozeira.
Uma primeira medida preventiva já foi colocada em prática lá no passo 1, quando do preparo do solo. Ao eliminar restos culturais para investir na semeadura, isso ajuda a combater as principais plantas daninhas.
E a segunda medida veio junto à escolha da cultivar, no passo 2, que deve ser de qualidade e resistente às principais doenças e pragas da cultura do arroz. Agora, o momento é de ficar atento aos sinais que a planta dá, para identificar se há ou não a presença de alguma doença ou praga.
Quando a semente não é tratada, é essencial fazer o tratamento junto a um técnico ou agrônomo de confiança. A principal função do tratamento é evitar a mortalidade de plântulas durante a germinação. O prazo de longevidade do tratamento de semente inicia no momento em que a semente está semeada, e não no momento da sua emergência.
Para proteger as sementes de arroz contra pragas, a Corteva Agriscience desenvolveu o Dermacor®. O inseticida protege as sementes desde o contato do solo até seu desenvolvimento vegetativo completo, com controle residual, manutenção do estande e maximização do potencial produtivo. O Dermacor® oferece um controle altamente eficiente da bicheira-da-raiz na lavoura de arroz. Saiba mais sobre a proteção das sementes de arroz contra pragas.
Além disso, é necessário definir qual o melhor produto a ser utilizado na lavoura, como fungicidas e herbicidas, de acordo com o que a plântula do arroz apresentar, pois podem ser patógenos da semente, do solo e do ar.
O herbicida Loyant®, do portfólio de herbicidas da Corteva, por exemplo, é voltado para o controle químico das lavouras de arroz irrigado e possui elevada performance de controle para gramíneas, ciperáceas e folhas largas e para biótipos já identificados como resistentes, como o capim-arroz e a sagitária.
O uso do Loyant® contribui, ainda, para reduzir significativamente o custo operacional da lavoura devido ao seu amplo espectro de controle, com atuação sobre as principais infestantes.
Outra ferramenta do portfólio da Corteva é o fungicida Bim® Max, eficaz no controle das doenças do arroz causadas por fungos nas folhas ou nos grãos, incluindo a brusone e a mancha-parda. O produto combina os ativos Triciclazol e Tebuconazol, garantindo mais potência e facilidade no preparo da calda e na aplicação por ser líquido. Confira o depoimento de um produtor que já comprovou os resultados do Bim® Max aqui.
A alternância do cultivo em uma mesma área agrícola é uma técnica usual e altamente recomendada para os diferentes sistemas de produção do arroz, desde o de plantio direto até o convencional. Segundo especialistas, a rotação é fundamental para alcançar um cereal de maior qualidade porque amplia os ecossistemas de controle natural e reduz as chances de pragas e doenças na lavoura.
A plantação se torna mais forte e resistente contra patógenos e insetos e a rotação de culturas ainda ajuda a enriquecer o solo com mais nutrientes, pois também se alternam os produtos aplicados no local e os mecanismos de ação. A alternância de culturas funciona e se mostra eficaz na conservação e na diminuição da exaustão do solo, mas deve ser feita de maneira ordenada e planejada.
Nas lavouras de arroz no Brasil, soja e milho são as culturas mais utilizadas para fazer a alternância com a plantação arrozeira. Lembrando que as condições do ambiente devem ser levadas em conta na hora de escolher a cultura que será intercalada.
Esse método também proporciona uma melhor produtividade das culturas alternadas, mostrando-se relevante nos resultados. Saiba mais sobre os benefícios da rotação de culturas aqui.
Todas essas ações, quando aplicadas em conjunto e de maneira adequada, promovem o cultivo de um grão de qualidade e com maior potencial de produtividade. Isso significará rentabilidade ao finalizar a colheita.