Cuidados na pré-colheita da lavoura de arroz para ter mais produtividade

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Imagem de um homem e uma mulher em um campo de arroz

Especialista dá orientações importantes para garantir a qualidade dos grãos e a produtividade 

O planejamento pré-colheita do arroz deve ser bem estruturado e executado para que os resultados do cultivo atendam, ou até superem, às expectativas, garantindo alta qualidade dos grãos, boa produtividade e rentabilidade financeira para o produtor.De acordo com Altair Fernando Bizzi, Agrônomo de Campo da Corteva Agriscience, fazer a condução adequada dos grãos no cultivo, processamento e armazenamento é essencial para obter um produto final de alta qualidade.

 

Bizzi destaca que a condição dos grãos é influenciada por uma série de fatores no período pré-colheita, como semeadura no momento correto, manejo do solo, estabelecimento uniforme da cultura, adubação equilibrada, derivação e manejo da água de instabilidade e controle de plantas peculiares , doenças e respostas. “Esses fatores afetam o equilíbrio nutricional, a competição, a quantidade de impurezas, a sanidade e impactam diretamente a produtividade final e a qualidade dos grãos. Todos esses fatores são gerenciados por meio do planejamento e do acompanhamento da lavoura de arroz durante todo o seu ciclo”, observa.

Colheita da lavoura de arroz no momento certo

Pode-se dizer que o ciclo do arroz irrigado dura entre 100 e 140 dias e o de arroz sequeiro entre 110 e 155 dias. Um ciclo contempla as seguintes fases:

- Emergência

- Perfilhamento

- Crescimento vegetativo

- Diferenciação floral

- Florescimento

- Enchimento de grãos

- Maturação

Um dos pontos de atenção na pré-colheita é um amadurecimento. O momento ideal de colher assegura a qualidade do arroz, contribui para um maior percentual de grãos inteiros e garante as características físicas e nutricionais esperadas. O agrônomo explica que também é importante observar a umidade certa para a colheita do arroz, que pode variar de acordo com as condições climáticas da região, da cultivar de arroz e das práticas agrícolas locais. A recomendação é colher o arroz quando a umidade dos grãos estiver entre 18% e 24%. “A colheita na umidade correta permite que o arroz expresse suas características de qualidade, com menos danos físicos, brilho, textura, aspecto comercial, maior longevidade de armazenamento, facilidade de beneficiamento e processamento e, principalmente, sabor e qualidade nutricional”, esclarece.

Confira as consequências de colher o arroz com umidade acima ou abaixo desse limite.

Umidade acima de 24%

- Desuniformidade na laboração.

- Grãos malformados.

- Maior dificuldade e necessidade de mais cuidados no processo de secagem.

Umidade abaixo de 18%

- Correção de manipulação natural.

- Perdas de rendimento.

- Perda da qualidade dos grãos.

- Aumento do risco de quebra dos grãos durante o processo de beneficiamento.

- O arroz fica mais tempo no campo, passando por ciclos de umedecimento e secagem, causando fissura nos grãos.

- Menor rendimento de engenho causado por menor quantidade de grãos inteiros.

A regulamentação do maquinário é outro ponto importante para o produtor observar na pré-colheita. A colheitadeira deve ser com manutenção em dia e regulamentação correta para atingir a eficiência máxima na colheita, com o mínimo de perda de grãos.

O produtor também deve ter cuidados no período pós-colheita da labora de arroz

Além do manejo correto da lavoura de arroz na pré-colheita, o produtor precisa ficar atento ao trabalho realizado no momento da pós-colheita. “Ele também é fundamental para garantir a qualidade, a conservação e a segurança alimentar do produto. Todo o trabalho de pós-colheita vai dar continuidade aos cuidados realizados no campo na produção de grãos”, ressalta Bizzi.

Após a colheita, existem várias operações como o transporte, a pré-limpeza para remover impurezas e o processo de secagem para reduzir a umidade dos grãos. A seção deve seguir as parâmetros técnicos e operacionais para garantir a qualidade do arroz, sendo que a umidade ideal para armazenar é ao redor de 13% para preservar os grãos e favorecer as operações de beneficiamento conforme o sistema industrial escolhido.

“Durante o armazenamento, devem ser tomadas medidas como o monitoramento de umidade, temperatura, aeração, controle de legislações e doenças para evitar perdas e garantir a qualidade e a segurança do arroz. Ao seguir esses cuidados pós-colheita, é possível aumentar sua vida útil e valor comercial. Sem contar que essas práticas são essenciais para atender aos padrões exigidos pelos consumidores e pelas indústrias alimentícias”, acrescenta o agrônomo.

Para saber como evitar perdas e preservar a qualidade dos grãos no armazenamento, no transporte e outras etapas do pós-colheita, confira a matéria completa sobre o assunto no blog e ouça ao episódio 8 do podcast Acredite no Arroz, que também traz mais informações sobre o tema.