Os drones (aeronaves remotamente pilotadas) estão cada vez mais presentes na agricultura, sendo usados para diversas finalidades como o sensoriamento remoto, o monitoramento da lavoura com imagens NDVI, demarcação da área de plantio, levantamento do número de plantas, monitoramento do sistema de irrigação, irrigação, detecção de adversidades, entre outros. Além disso, os drones ganham notoriedade nos serviços de aplicação de defensivos agrícolas.
Por sua rapidez, eficiência e precisão, a aplicação de defensivos com drones pode ser uma solução interessante, por exemplo, para pulverização em locais de difícil acesso na lavoura, onde deslocar um trator, um avião seria oneroso demais.
O cenário precisa ser analisado, levando em consideração diversas variáveis da operação. Cada caso é um caso, e se a conclusão do estudo apontar que pulverizar com drone vai ser a melhor escolha para conquistar sucesso no controle, economia e segurança, essa tecnológica deve ser considerada. Afinal, ela existe para que os produtores conquistem os melhores resultados em seus manejos.
Existem vários modelos de drones disponíveis no mercado que atendem diferentes necessidades. A maior atenção deve estar na capacidade do tanque, sistema de pulverização/geração das gotas e na autonomia de voo (capacidade da bateria). Porém, outros diferenciais podem ser atraentes, uma vez que essa ferramenta é repleta de tecnologia e toda tecnologia é bem-vinda para o sucesso da operação.
Na hora de escolher o drone que mais atenderá as necessidades, é importante estudar as configurações de cada marca e modelo. Diante das várias ofertas, tenha em mente o que se pretende com o drone, assim, fica mais claro escolher o modelo mais adequado para a sua realidade.
Com a crescente dos drones no agronegócio, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu regras para operações destinadas à aplicação nas lavouras que devem ser seguidas por quem deseja realizar manejos com drones (MAPA IN 298/2021).
A lei exige treinamento homologado pelo MAPA, que pode ser adquiro com o curso para aplicação aeroagrícola remota (CAAR). Ou seja, quem não possui o certificado de conclusão do curso não pode operar a aplicação. O piloto também precisa estar cadastrado no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECAE).
Já o drone, deve estar devidamente registrado junto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e em situação regular, bem como o seu equipamento deve estar homologado na Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Se você contratar um serviço de pulverização de drones, por exemplo, deve solicitar toda a documentação para se certificar que está lidando com profissionais qualificados. Além disso, a operação deve ser supervisionada por um engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal.
A lei diz que a aplicação só pode ser realizada em áreas situadas a uma distância mínima de vinte metros de povoações, cidades, vilas, bairros, moradias isoladas, agrupamento de animais, de mananciais de captação de água, reservas legais e áreas de preservação permanente, além de outras áreas ambientais com larguras mínimas de proteção estabelecidas em legislações específicas.
Essa distância vale, inclusive, para os profissionais envolvidos na aplicação. Uma placa visível deve ser fixada para avisar pessoas que não estão envolvidas na atividade, com a seguinte expressão: "CUIDADO! OPERAÇÃO COM DRONE".
Essas são algumas diretrizes da lei para a aplicação com drone, porém é importante avaliar leis estaduais e municipais, bem como informações especificas presentes na bula de cada produto. A lei exige outros cuidados, como, por exemplo, o uso obrigatório do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para a equipe de campo envolvida na operação.
No portfólio de soluções da Corteva Agriscience existem produtos que estão aptos a serem aplicados por drones. Na cana-de-açúcar, o drone pode ser usado para pulverizar locais muito específicos da lavoura. Um voo delimitado e pontual, operado a distância pode ser benéfico tanto no sentido da sustentabilidade, quanto na segurança.
Produtos da Corteva Agriscience licenciados para pulverização com drones na cultura da cana-de-açúcar:
Curavial®
Relicta®
Linear®
A economia de recursos financeiros pode ser uma das vantagens mais evidentes na pulverização com drones na cultura do arroz. Além disso, pode se ter uma aplicação mais localizada quando comparada a pulverização com tratores e aviões.
Produtos da Corteva Agriscience licenciados para pulverização com drones na cultura do arroz:
Loyant®
Ricer®
Clincher®
Raster®
Nos pomares, o drone pode ser uma solução que complementa os demais processos de pulverização e se mostra interessante para aplicações emergenciais, uma vez que os drones permitem aplicações pontuais e com certa rapidez.
Produto da Corteva Agriscience licenciado para pulverização com drones nas frutas:
Success 0,02 CB
Entre as vantagens de usar um drone na pastagem está a versatilidade na pulverização, maior eficiência ao aplicar somente nas áreas determinadas e maior economia ao usar somente as quantidades necessárias.
Produtos da Corteva Agriscience licenciados para pulverização com drones na pastagem:
Truper®
DominumXT-S®
StopperXT-S®
TruenoXT-S®
PlanadorXT-S®
TordonUltra-S®
JaguarUltra-S®
PanoramicUltra-S®
PalaceUltra-S®
Os drones estão cada vez mais presentes no agronegócio. Como vimos, podem ser usados para diversas funções. Neste artigo, nos atentamos a alguns pontos sobre o uso dessa ferramenta na pulverização.
O agricultor deve analisar bem o cenário antes de fazer o investimento com drones para entender se essa tecnologia se adequa às suas necessidades e investimentos. Como vimos, os drones exigem uma série de adequações regulamentares, documentações, treinamos e protocolos que também possuem um custo considerável.
Seguir as recomendações é essencial para se obter sucesso no manejo, manter a sustentabilidade financeira do negócio e a segurança de todos os envolvidos no processo.
Por fim, é importante entender que a aplicação com drone não substitui outros métodos de pulverização, ela serve como um complemento que pode trazer sustentabilidade para o negócio e eficiência nos manejos. A tecnologia está aí para ser utilizada com responsabilidade e inteligência em prol dos bons resultados.