Rotação de culturas: saiba como ela beneficia o plantio do arroz

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Imagem de um homem e uma mulher em um campo de arroz

 

Rotação de culturas favorecendo o controle de plantas cultivadas na cultura de arroz

Além de quebrar ciclos de regras e doenças, a rotação de culturas favorecendo a saúde do solo de acordo com especialista

A distribuição de culturas é considerada um dos grandes pilares do sistema de plantio direto e traz diversos benefícios para os produtores – entre eles a melhoria e conservação do solo, aumento de produtividade e maior rentabilidade da propriedade.

Outra vantagem é o favorecimento do controle de plantas. Luiz Fernando Dias Martini, gerente regional de vendas da Corteva Agriscience, explica que a rotação possibilita o uso de uma gama maior de mecanismos de ação:

“Temos como exemplo o uso de pré-emergentes, latifolicidas e graminicidas diferentes dos usados ​​na cultura do arroz, bem como a tecnologia RR, que possibilita o uso de glifosato em pós-emergência da soja, atingindo fluxos tardios das plantas originais, como quais sobrariam dentro do contexto da“lavoura de arroz”, destaca.

Segundo o especialista, a rotação de culturas, que consiste em alternadamente, de maneira planejada, o plantio de diferentes espécies vegetais de interesse econômico em uma mesma área em determinado período, também se sobressai pelos benefícios obtidos pelo solo.

No que se refere à estrutura física do solo, há melhora em sua porosidade, aumentando a capacidade de armazenamento de água, reduzindo a compactação e a erosão.

Martini aponta que, no aspecto químico, ocorre a ciclagem de nutrientes de espécies que possuem diferentes critérios nutricionais e no fator biológico “há a quebra de ciclos de convenções,doenças e auxilia no controle de plantas aparentemente de difícil controle, pois já estão adaptadas a certos sistemas de cultivo”.

O gerente de vendas destaca que a Corteva Agriscience desenvolve produtos que auxiliam no controle de plantas específicas na cultura do arroz. Confira as principais restrições:

Ricer ® : herbicida pós-emergente sistêmico, com efeito residual, que apresenta controle para as principais plantas relevantes do arroz irrigado, sendo seletivo para a cultura.

Clincher ® : herbicida graminicida pós-emergente sistêmico, totalmente seletivo para o arroz.

Raster ® : herbicida graminicida pós-emergente que combina dois ativos que trazem maior flexibilidade de aplicação e amplo espectro de controle das plantas específicas.

Loyant ® : com tecnologia exclusiva Rinskor™ active, é a solução mais completa para o controle das principais plantas específicas do arroz. Possui efeito sobre o capim-arroz, excelente controle em ciperáceas e outras folhas largas.

Rotação de culturas: orientações e desafios

Para obter resultados positivos nesse sistema, Martini destaca que é necessário observar diversos aspectos para adequar as áreas de várzea aos cultivos de sequeiros, já que as tradições dos solos cultivados com arroz irrigado são mal drenados, o que dificulta o desenvolvimento da soja ou do milho :

“Nesse sentido, vários fatores precisam ser considerados, como a descompactação devido ao adensamento do horizonte superficial por causa da supervisão do arroz, a macro e microdrenagem do solo, a adequação da fertilidade, a correção do pH, a definição das cultivares e a época de semadura”, esclarece.

Mesmo com tantas vantagens, esse sistema também possui alguns desafios em sua implementação. O especialista listou os principais pontos que merecem atenção dos produtores:

- Planejamento de maquinário e calendário de instruções de manejo como plantio, aplicações fitossanitárias e colheita.

- Mão-de-obra e atualização de conhecimento técnico.

- Necessidade de correções químicas de solo, como a calagem, por exemplo.

- Se a cultura for de baixo retorno econômico, pode haver dificuldade de viabilizar investimentos.

Soja é a cultura mais comum na rotação com arroz

 

Na orizicultura, o mais comum é fazer a rotação da lavoura de arroz com milho ou soja, sendo que a soja é a cultura mais comum e que segue em ascensão significativa no Rio Grande do Sul, de acordo com Martini:

“Tal fato se deve pela possibilidade da diminuição da frequência de plantas aparentemente resistentes no contexto do arroz, como capim-arroz e arroz vermelho, por meio do uso de ferramentas alternativas de controle como a tecnologia RR e a possibilidade de uso do glifosato no cenário pós -emergente da cultura da soja.

Outro ponto importante é a melhoria das características físico-químicas do solo graças à inserção de uma cultura com sistema radicular pivotante e pela assimilação e fixação simbiótica do nitrogênio do ar atmosférico.

Por fim, a cultura da soja é considerada uma commodity, ou seja, produtos com baixo nível de industrialização, com características padronizadas e destinadas ao mercado externo devido à sua demanda global”, observa.

Os resultados para os produtores da seleção de arroz com soja são positivos.

Além de proporcionar a otimização do aproveitamento da área, o sistema possibilita a diversificação de receitas e aumenta a segurança em relação às oscilações de clima e de mercado:

“A área de soja tem aumentado significativamente nas áreas orizícolas tanto pelo aumento de sua produtividade, por meio da inserção de novos materiais que toleram ambientes hidromórficos, quanto às demais vantagens já mencionadas, como a melhoria do controle de plantas encontradas resistentes e incrementos nos atributos físico-químicos do solo”, conclui.