Ciperáceas causam impacto na produtividade e qualidade do arroz
Além de terem um alto número de espécies, as ciperáceas são de difícil controle
e estão entre as plantas daninhas mais prejudiciais para a cultura.
Além de terem um alto número de espécies, as ciperáceas são de difícil controle
e estão entre as plantas daninhas mais prejudiciais para a cultura.
As ciperáceas são plantas daninhas consideradas um dos maiores desafios dos orizicultores pelo impacto elevado na perda de produtividade e na qualidade dos grãos. Com um grande número de espécies que infestam a cultura, elas são consideradas de difícil controle no atual sistema de produção. De acordo com o agrônomo Sylvio Henrique Bidel Dornelles, doutor em Agronomia e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), estima-se que a perda no rendimento dos grãos de arroz causada pela competição com as ciperáceas seja de, no mínimo, 25%, podendo chegar a 80%. O prejuízo depende do período de convivência da planta daninha com a cultura e de sua densidade populacional. “Além da perda direta, na disputa pelos recursos do meio, os danos podem ser mais expressivos, uma vez que podem afetar a qualidade dos grãos produzidos. As ciperáceas são também hospedeiras preferenciais de insetos-praga ou doenças, aumentando os riscos ao produtor quando não forem adequadamente controladas”, ressalta o especialista.
Sylvio explica que as ciperáceas são plantas de ampla ocorrência no Brasil, sendo um problema para a produção de arroz irrigado do Sul ao Norte. Elas infestam áreas tanto no sistema convencional (de cultivo mínimo) como em pré-germinado e prejudicam a cultura desde a fase de semeadura até a reprodutiva, especialmente pela amplitude térmica da sua germinação, gerando transtornos por seus vários fluxos em uma mesma safra e dificultando a operacionalização para um programa de manejo químico mais eficaz.
Essas plantas daninhas acompanham a emergência da cultura e causam danos já no desenvolvimento inicial, período importante para determinar os componentes de rendimento, como número de perfilhos e panículas, e competem por nutrientes como nitrogênio e fósforo. “O uso de herbicidas pré-emergentes e, sequencialmente, a complementação com herbicidas pós-emergentes, visando dar vantagem para a cultura e retirando a da planta daninha, é uma forma de reduzir a interferência pela competição cultura/ciperácea em momentos críticos do desenvolvimento do arroz. É preciso entender a biologia de cada espécie de ciperácea, bem como focar no uso de herbicidas efetivamente eficientes no controle delas, ao realizarmos o planejamento para manejos em glebas mais infestadas pelas espécies de difícil controle”, destaca Sylvio.
A prevenção da ocorrência de ciperáceas na lavoura exige a sistematização das áreas, melhorias no manejo da irrigação, fazer o manejo dos restos culturais e evitar deixar as áreas em pousio no pós-safra do arroz, implementar uma cobertura vegetal na entressafra para evitar reinfestações e reabastecimento do banco de sementes na superfície. Sylvio reforça que também é importante usar sementes certificadas para evitar a transferência das plantas daninhas para regiões que não têm o problema e limpar as máquinas colheitadeiras após operar em áreas muito infestadas, pois elas podem transferir as sementes das ciperáceas para uma ampla região. “Aliado a tudo isso, a rotação de culturas, com soja, milho ou sorgo, permite, em médio prazo, reduzir o banco de sementes de ciperáceas em áreas arrozeiras, desde que sejam utilizados, nessas culturas, herbicidas eficientes e com mecanismos de ação alternativos aos usualmente aplicados na cultura do arroz para o controle dessas plantas daninhas”, esclarece. Sylvio orienta que, por ocorrerem durante um longo período no ciclo do arroz, é necessário que o programa de manejo das ciperáceas contemple o uso de herbicidas residuais pré-emergentes e pós-emergentes eficientes para a espécie-alvo.
Com exclusiva tecnologia Rinskor™ active, o Loyant®, é considerada a solução mais completa para o controle das principais plantas daninhas resistentes do arroz, como algumas espécies de ciperáceas, gramíneas e folhas largas nos diversos sistemas de cultivo de arroz. Segundo Sylvio, durante muito tempo os produtores de arroz desejaram a oferta de um herbicida que fosse flexível em termos de estágio e de número de espécies controladas. E o Loyant®, por seu mecanismo alternativo e pela ampliação no número de espécies que controla em uma única aplicação, trouxe uma opção inovadora para o mercado.
“Quando se trata de ciperáceas, esse herbicida controla as principais infestantes nos sistemas de cultivo mínimo e pré-germinado. Além disso, controla espécies do gênero Echinochloa em estágios iniciais de desenvolvimento (2-3 folhas), além de ser uma excelente opção de controle da espécie Sagittaria montevidensis, um problema que durante muito tempo desafiou a produção de arroz em sistema pré-germinado. Por ser um herbicida auxínico, possui amplo espectro de controle, com flexibilidade de estágio para o controle de ciperáceas, desde o controle precoce até a fase reprodutiva, podendo ser aplicado em diferentes estágios da cultura do arroz com segurança. Também é sistêmico, causando a paralisação do crescimento da planta e a sua morte, evitando a produção de sementes da ciperácea e a retroalimentação do banco no solo”, afirma.
O agrônomo reforça que o Loyant® deve ser utilizado dentro de um programa que contemple também o uso de herbicidas com efeito pré-emergente, como o Ricer®. Assim, os primeiros fluxos de germinação são contidos com Ricer®, e o Loyant® faz o controle pós-emergente sequencial. “Neste sentido, o uso de Loyant® deve ser programado para o controle precoce das ciperáceas, principalmente em áreas onde também ocorram infestações com gramíneas, especialmente o capim-arroz. Se for necessário, ele também faz o controle das ciperáceas em estágio mais avançado. A complementação com lâmina de água, logo após a utilização do pós-emergente, é recomendável para garantir que novos fluxos de germinação sejam evitados”, acrescenta.
Os benefícios do Loyant® ainda se estendem para o meio ambiente, já que é um herbicida que apresenta baixo impacto ambiental em relação a outros herbicidas utilizados na cultura do arroz. “Ele não apresenta carry over para culturas sucessoras, e é seguro em relação a outros organismos do ambiente solo e água. É um herbicida que necessita ser aplicado com equipamentos bem regulados, seguindo os aconselhamentos de horário de aplicação e condições climáticas, guardando distância segura em relação a culturas sensíveis como as leguminosas e outras espécies de folha larga”, conclui Sylvio.