AGROREPORT - Informativo Agronômico da Corteva Agriscience
Autor: Hugo Elói, Agrônomo de Campo Proteção de Cultivos
Dentre todos os desafios que os produtores encontram no manejo da cultura da soja (Glycine max L.), temos os percevejos como uma das principais pragas da cultura, destacando-se o percevejo-marrom (Euschistus heros) e o verde-pequeno (Piezodorus guildinii) (Figura 1).
Figura 1: Euschistus heros (esquerda); Piezodorus guildinii (direita). Fonte: Circular Técnica 67 Embrapa (2009).
Por se alimentarem dos grãos, eles afetam seriamente o rendimento e a qualidade ao provocarem murcha e má formação dos grãos e vagens (Figura 2 ). A planta de soja não amadurece normalmente, permanecendo verde na época da colheita.
Figura 2: Danos de percevejos em grãos de soja. Fonte: Aegro (2023).
Uma vez conhecendo os principais percevejos que atacam a cultura da soja e os seus danos, precisamos identificar e entender em qual estádio de seu desenvolvimento temos o maior nível de dano.
Quanto à biologia, os percevejos destacam-se por seus ínstares. Entre o primeiro e o segundo, eles caminham e se alimentam pouco. No terceiro, quarto e quinto, se alimentam e caminham muito. Adultos se alimentam menos, caminham e se reproduzem muito (Figura 3).
Figura 3. Ninfas de 3º, 4º e 5º instares de percevejo marrom e percevejo verde-pequeno. Fonte: Circular Técnica 67 Embrapa (2009).
Algumas literaturas e indicam que percevejos adultos não causam danos, pois nessa fase eles têm o objetivo de se multiplicar. Essas pragas realmente estão se reproduzindo e se movimentando muito, como citado anteriormente, mas estudos comprovam que o número de ataque a vagens por adultos é superior ao das ninfas, como visto na Tabela 1.
Tabela 1. Número médio de picadas causadas por percevejos em diferentes fases de desenvolvimento em 24 horas. Fonte: Correa-Ferreira, 1995.
O Manejo Integrado de Pragas é um conjunto de medidas que visa manter as pragas abaixo do nível de dano econômico. Assim, o manejo dos percevejos deve começar na dessecação após a cultura anterior, adotando-se, entre essas medidas do MIP, o controle químico, com aplicação de inseticidas de contato, caso tenha alta pressão dessa praga. Com a soja instalada, inspeções regulares ao campo devem começar na fase vegetativa (Vn), quando normalmente a colonização ocorre no final da fase e no início da fase reprodutiva (R1 e R2), com a migração dos percevejos de hospedeiros alternativos e áreas vizinhas, com expressivo aumento do número de ninfas a partir da fase R3.
Continua-se o monitoramento na fase R4 (final do desenvolvimento das vagens) e fase R5.1 (início de enchimento dos grãos), quando pode ocorre um aumento das populações. A fase crítica se estende até a fase R6 (grão verde ou vagem cheia), quando os percevejos atingem o pico populacional. Tende a decrescer a partir da fase R7 (início da maturidade) e os grãos estão mais suscetíveis ao ataque.
As amostragens de percevejos são realizadas pelo método da batida de pano, para tomada de decisão. A Corteva Agriscience recomenda entrar com controle quando atingir de 0,5 percevejo/pano de batida.
Podem ser utilizados no controle produtos biológicos ou químicos. Ao adotar o controle químico, deve-se observar o ciclo de vida da praga, lembrando que ovos, assim como ninfas 1 e 2 dificilmente serão controlados. O objetivo é quebrar o ciclo do percevejo.
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