Boas Práticas em Tecnologia de Aplicação de Defensivos Biológicos
Aprenda boas práticas em defensivos biológicos na agricultura para eficiência e segurança. Escolha pontas corretas e lide com condições e fatores relevantes
Aprenda boas práticas em defensivos biológicos na agricultura para eficiência e segurança. Escolha pontas corretas e lide com condições e fatores relevantes
A aplicação incorreta de defensivos agrícolas biológicos é sinônimo de prejuízo, pois, além de gerar desperdício e deriva, aumenta consideravelmente os riscos de contaminação em pessoas, animais e no meio ambiente. A tecnologia de aplicação deve ser aliada do produtor, auxiliando-o no uso correto, seguro e responsável de defensivos agrícolas, capacitando assim a mão de obra e obtendo o melhor controle fitossanitário sobre as culturas.
A tecnologia de aplicação é um conjunto de conhecimentos que integram informações sobre os defensivos agrícolas, suas formulações, adjuvantes, o processo de pulverização, os alvos e o ambiente, visando uma aplicação correta, segura e responsável, sempre respeitando as boas práticas agrícolas.
Ela integra diversos elementos, como: responsáveis técnicos, operadores e a tecnologia de informação; defensivos agrícolas (químicos e biológicos); suas formulações e adjuvantes; o processo de pulverização; os alvos; e o ambiente.
Um dos fatores que têm uma contribuição expressiva no sucesso e na qualidade da aplicação do produto é a escolha das pontas. Elas determinam a vazão da calda, o tamanho das gotas, a forma do jato emitido e a altura da barra de pulverização. Ela deve ser selecionada de acordo com o produto a ser aplicado e o alvo a ser atingido, garantindo maior eficiência da operação.
Devemos também estar atentos às condições meteorológicas durante a aplicação. A temperatura, a umidade e a velocidade de vento são fatores que influenciam na eficiência da aplicação.
A escolha da ponta aliada às condições meteorológicas durante a aplicação também influenciarão diretamente na questão de deriva. Deriva é a parte da calda aplicada que não atinge os alvos durante ou após a aplicação. A aplicação de gotas finas e muito finas em condições climáticas desfavoráveis é a principal causa da deriva. O desvio do produto para fora do alvo pode gerar redução do potencial produtivo da lavoura, minimizando lucro e elevando custos, além de promover riscos à saúde humana e animal, ao meio ambiente e outras lavouras próximas.
É importante ressaltar que cada produto tem sua especificação e o tamanho das gotas e as condições meteorológicas recomendadas estão descritos nas bulas.
Para uma aplicação eficaz, é preciso verificar as seguintes condições meteorológicas:
● temperatura do ar <30° C
● umidade relativa do ar >50%
● velocidade média do vento entre 3km/h e 10km/h
Quando se trata de produtos biológicos, muitas pessoas acreditam que a tecnologia de aplicação não é importante, pois são produtos classificados como improváveis de causar danos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. No entanto, esquecem que a tecnologia de aplicação, além de garantir a segurança, visa otimizar recursos, promover responsabilidade e eficácia nas aplicações e garantir a sustentabilidade do negócio. Para se ter sucesso na operação, deve-se atentar às instruções relacionadas à aplicação destes produtos e detalhes como:
● formulação
● alvo
● modo de aplicação: sulco ou área total
● mistura/compatibilidade;
● pressão de trabalho
● volume de calda
● tamanho de gotas
● ponta adequada para pulverização
● limpeza/descontaminação de pulverizadores
Além da aplicação do produto, outros dois fatores são essenciais para garantir a qualidade do produto: o transporte e o armazenamento. Essas atividades são tarefas de alta responsabilidade e exigem várias medidas para preservar os produtos e garantir a segurança. É importante ter conhecimento das especificações das condições de temperatura e estrutura para transportar e armazenar produtos biológicos.
Todas essas informações encontram-se no rótulo e/ou bula dos produtos.
Produtos Corteva: Inlayon™, Omsugo™ P e Tezpetix™ Beauve.
Armazenamento: entre 4° C e 21° C
Transporte:
Caminhão carroceria aberta |
Não recomendado |
Caminhão baú convencional |
Transporte até 3 dias |
Caminhão isotérmico ou refrigerado |
Sem restrições |