Tripes: como controlar essa ameaça?

 
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As tripes têm se tornado uma nova adversária e um grande desafio para os produtores de soja. Saiba mais sobre essa praga e como realizar seu controle de forma mais eficiente. | Foto: MF Magazine

As tripes foram por muito tempo consideradas pragas secundárias na cultura da soja, pois os prejuízos causados na lavoura não representavam expressivo dano econômico. Porém, sua incidência tem crescido nas últimas três safras de soja devido às condições climáticas favoráveis para a proliferação da praga, com prolongados períodos de déficit hídrico. 

Esses insetos podem ocorrer em diversas regiões do Brasil e resultar em grandes prejuízos à lavoura, pois provocam deformações e até a morte das plantas. Para proteger os resultados da cultura, sojicultores devem se atentar aos sintomas, implementar o monitoramento da lavoura e utilizar técnicas de manejo integrado, incluindo a aplicação de inseticidas seletivos, para assegurar a produtividade.  

O que são tripes: como identificar 

Tripes são insetos bem pequenos e de corpo alongado, medindo entre 1 mm e 3 mm. São pragas com aparelho bucal picador-sugador e sua coloração varia entre marrom, branca, amarelada ou preta.

Possuem um processo reprodutivo rápido e seu ciclo completo, de ovo a adulta, dura aproximadamente 15 dias. A proliferação da praga é favorecida em períodos de estiagem, seja em clima quente e seco ou em condições de baixas temperaturas associadas à escassez de chuvas.


Tripes são insetos da Ordem Thysanoptera | Imagem: Aegro

A aparência das ninfas é semelhante aos insetos adultos e parte de seu ciclo de vida ocorre no solo. Apesar de adquirirem asas na fase adulta, as tripes possuem baixa capacidade de voo, sendo o vento um importante fator de dispersão da praga.

Existem cerca de 2.000 espécies de tripes no mundo e, na cultura da soja, as mais frequentes são Caliothrips phaseoli, Caliothrips braziliensis e Frankliniella schultzei. As duas primeiras podem ser identificadas com maior facilidade, pois ficam mais expostas e possuem coloração escura. Já a terceira é mais difícil de ser visualmente identificada por conta de sua coloração clara e hábito de permanecer abrigada.

Tripes: danos para a cultura da soja 

As tripes “raspam” a superfície das folhas de soja, perfurando as células da planta para se alimentar da seiva. Como resultado, inicialmente surgem pequenas marcas de coloração esbranquiçada ou prateada nas folhas, que depois adquirem uma tonalidade mais escura e necrosada.

Dependendo da espécie do inseto, o ataque pode ocorrer não apenas nas folhas, mas também nas inflorescências, vagens e outras estruturas da planta.

Um dos danos diretos causado por esse comportamento é a redução da área disponível para fotossíntese. Isso diminui a qualidade e interfere no peso final dos grãos, acelerando sua deterioração e reduzindo a produtividade da cultura. 

Além disso, as lesões causadas pela praga fazem com que a planta perca água, acelerando o ciclo da soja e causando seu envelhecimento precoce. Como consequência, ocorre a queda prematura das folhas e o abortamento de flores.


Folha de soja atacada por tripes | Imagem: Agrocampo

As lesões causadas pelas tripes também servem de porta de entrada para outros patógenos, como fungos e bactérias. Além disso, um dos principais danos causados pela praga é a transmissão de viroses

A espécie Frankliniella schultzei, por exemplo, é considerada a principal transmissora de tospovírus, o vírus da infecção popularmente conhecida como "queima-do-broto".

Os sintomas incluem o atrofiamento de plantas, brotamento excessivo e broto apical encurvado para baixo. Pode causar sérias perdas de produtividade e, em condições severas, é capaz de inviabilizar toda a produção.

Como controlar tripes na soja

A principal dificuldade para o controle efetivo de tripes está relacionada ao fato de que parte do ciclo de vida da praga ocorre no solo, dificultando seu manejo. Além disso, quando adulto, o inseto se concentra no baixeiro, ficando escondido. 

O manejo deve ser realizado de forma integrada, considerando algumas medidas como: 

• Monitoramento de pragas
Como a ocorrência de tripes pode acontecer durante todo o ciclo da soja, é importante realizar o monitoramento desde os estádios iniciais da cultura, tanto das folhas mais desenvolvidas quanto das novas.

• Eliminação de plantas hospedeiras
O manejo de plantas que servem de hospedeiras para tripes e para as doenças que ela transmite é essencial na safra e na entressafra. Um exemplo de hospedeira que deve ser controlada é a cravorana (Ambrosia polystachya).

• Programação da época de semeadura
Como o desenvolvimento da praga é favorecido por condições de baixa umidade e estresse hídrico, recomenda-se programar a época de semeadura da soja para evitar que as fases críticas da cultura coincidam com períodos mais secos.

• Controle com inseticidas
Aliada à detecção precoce da praga, a aplicação de inseticidas é considerada uma das estratégias mais efetivas no manejo de tripes. Mas, para um controle adequado, é importante considerar a população da praga, o estádio de desenvolvimento da cultura, os ingredientes ativos do produto e seu modo de ação. Inseticidas com ação translaminar, por exemplo, são mais eficientes contra essa praga que se esconde na parte inferior das folhas.

Proteja a sua soja com Intrepid® Edge

O sojicultor que busca um inseticida com alta performance no controle de tripes pode contar com Intrepid® Edge! Recentemente, o produto da Corteva Agriscience recebeu registro para o controle dessa crescente praga na cultura da soja, ficando ainda mais completo.

O inseticida de contato e ingestão é uma excelente opção para o controle de tripes (Caliothrips phaseoli e Frankliniella schultzei) na soja, além de oferecer um amplo espectro de ação contra o complexo de lagartas, como Spodoptera frugiperda, Spodoptera eridania, Helicoverpa armigera, lagarta-falsa-medideira, Heliothis virescens e Rachiplusia nu

Na cultura do amendoim, Intrepid® Edge também controla tripes da espécie Caliothrips phaseoli e Frankliniella schultzei, além de outras como tripes-carijó (Caliothrips brasiliensis) e tripes-do-prateamento (Enneothrips flavens). Já na cultura de feijão, o inseticida pode ser utilizado para o controle de lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens).

O grande destaque do produto é a inovadora tecnologia Jemvelva™ active, composta por um ingrediente ativo de origem biológica, que contribui para uma produção mais sustentável. Essa molécula foi premiada com o selo Green Chemistry Award e é reconhecida mundialmente no controle de tripes

Além disso, Jemvelva™ active promove um manejo superior da praga com ação translaminar, capaz de translocar o produto para a face inferior da folha da soja, onde as ninfas e adultos de tripes ficam alojados em maior quantidade.

Outro diferencial de Intrepid® Edge é seu efeito de choque e residual que oferece ação rápida e prolongada, permanecendo por mais tempo após a aplicação. O produto também conta com flexibilidade de dose, ou seja, a quantidade de inseticida aplicado varia conforme o alvo e nível de infestação.

Proteja sua soja com Intrepid® Edge! Confira a bula do produto para saber mais sobre as especificações técnicas do inseticida.