Em época de El Niño, boas práticas agrícolas são fundamentais para evitar deriva
Rio Grande do Sul, 14 de novembro de 2023 – O El Niño é um fenômeno climático responsável por aumento de chuvas na região Sul do Brasil. Só no Rio Grande do Sul, em setembro, grande parte das cidades registrou índice pluviométrico superior a 400 milímetros (mm), mais do que o dobro da média prevista para o mês, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O momento é de extrema atenção para os agricultores do Estado, que estão iniciando o plantio de soja e precisam redobrar os cuidados e as boas práticas agrícolas para evitar a deriva nas lavouras, que é comum em períodos chuvosos.
“Por conta deste período atípico, com incidência de chuvas além do previsto, a janela de plantio e de aplicação de defensivos agrícolas ficou mais curta, o que pode aumentar o risco de deriva nas aplicações. Devido a pressa, as pulverizações são feitas com maiores velocidades e menores volumes de calda, o que acarreta vários problemas, como a maior pressão nas pontas e o uso de gotas mais finas, gerando mais risco de deriva. Por isso, os agricultores do Rio Grande do Sul precisam seguir estritamente as bulas, Instruções Normativas e demais orientações para a utilização não só dos herbicidas, mas também dos fungicidas e dos inseticidas”, destaca Ulisses Rocha Antuniassi, professor da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A deriva ocorre quando a trajetória do produto é desviada durante a aplicação, fazendo com que o produto não atinja o alvo desejado. Esse desvio pode acontecer por conta de condições meteorológicas inadequadas, da velocidade de aplicação e da altura da pulverização. O potencial de dano depende do produto aplicado, da severidade das questões meteorológicas, da técnica de aplicação, do tamanho da área manejada e da sensibilidade do alvo. Na safra 2022/23, o Rio Grande do Sul registrou uma redução de 40% nos casos nas lavouras quando comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado (SEAPDR/RS).
Boas práticas agrícolas são fundamentais para evitar deriva nas lavouras
Para reduzir a possibilidade do aumento da deriva no Rio Grande do Sul, o produtor rural deverá estar atento a algumas recomendações fundamentais na aplicação do produto, principalmente do herbicida hormonal. Jair Maggioni, coordenador de Boas Práticas Agrícolas da Corteva Agriscience, cita as principais: “O defensivo deve ser utilizado apenas em temperatura ambiente inferior a 30ºC, a umidade relativa do ar deve ser superior a 55%, a velocidade média do vento entre 3 e 10 km por hora, o volume de calda entre 100 e 150 litros por hectare, pontas de pulverização com indução de ar e regulagem das gotas e barras de pulverização a 50 centímetros de altura do alvo, além do mapeamento das culturas vizinhas”.
Para ajudar os agricultores do Estado, a Corteva capacitou, desde 2019, mais de 4 mil produtores e aplicadores, que receberam certificação de instituições parceiras, como a Unesp de Botucatu (SP) e a Agrum – Agrotecnologias Integradas. A iniciativa contou com inspeção de pulverizadores e a doação de 8500 bicos para este equipamento.
Com o compromisso de promover ainda mais conhecimento sobre uma agricultura segura, produtiva, responsável e sustentável, a área de Boas Práticas Agrícolas da Corteva conta com o Programa de Aplicação Responsável (PAR). A iniciativa disponibiliza conteúdos sobre condições adequadas para aplicação de defensivos agrícolas, segurança na manipulação e uso, tipos e indicações de pontas de aplicação e classe de gotas de acordo com o produto a ser aplicado (herbicidas, inseticidas ou fungicidas).
Herbicida da Corteva traz eficiência no controle da deriva
A escolha correta do herbicida também é uma etapa importante para reduzir a possibilidade de deriva. Uma das soluções que contribuem nesta missão é o Enlist® Colex-D®, da Corteva, que controla diversas plantas daninhas, além de trazer ultrabaixa volatilidade. O produto traz outros benefícios aos agricultores, como o odor reduzido em comparação a outros herbicidas, o que proporciona comodidade aos aplicadores; mais flexibilidade para aplicação durante o dia, seguindo as indicações de uso; e é 100% compatível com todos os sais de glifosato. O produto contém o novo 2,4-D sal colina, que também controla plantas daninhas em diversas culturas, como milho e algodão.
“A deriva pode causar aumento dos custos de produção, ineficiência no controle de plantas daninhas e grande perda produtiva na lavoura, além de prejudicar também as áreas vizinhas. Por isso o herbicida disponibilizado pela Corteva aos produtores rurais apresenta redução de até 50% no potencial de deriva se utilizada uma ponta de pulverização tradicional, e 90% quando a aplicação ocorre com uma ponta com indução de ar”, diz André Baptista, Líder de Portfólio de Herbicidas da Corteva.
Boas práticas agrícolas ajudam no controle de outras plantas daninhas
Neste período com índice pluviométrico além do normal para o Estado, os produtores rurais devem ficar atentos também no controle de outras plantas daninhas. Segundo Mauro Rizzardi, engenheiro agrônomo e Professor da Universidade de Passo Fundo (UPF/RS), as boas práticas agrícolas são importantes também nesta etapa das lavouras. “Entre as principais dicas que trazemos aos produtores, estão a realização da semeadura no início do período recomendado, com preparo do solo adequado e evitando áreas encharcadas, realizar rotação de culturas, utilizar cultivares resistentes a doenças comuns a locais com alta umidade e o cuidado redobrado na aplicação de nitrogênio. Para as plantas daninhas é fundamental se atentar ao seu tamanho, lembrando que o controle será superior quando elas estiverem nos estádios iniciais de desenvolvimento. Outro ponto importante a ser considerado é a escolha da melhor combinação de herbicidas para o complexo de plantas existentes na área”.
Sobre a Corteva
A Corteva, Inc. (NYSE: CTVA) é uma empresa global de capital aberto e 100% agrícola que combina inovação líder do setor, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os desafios agrícolas mais urgentes do mundo. A Corteva gera preferência de mercado vantajosa por meio de sua estratégia de distribuição exclusiva, junto com seu mix equilibrado e globalmente diversificado de sementes, proteção de cultivos e produtos e serviços digitais. Com algumas das marcas mais reconhecidas na agricultura e um pipeline de tecnologia bem-posicionado para impulsionar o crescimento, a empresa está comprometida em maximizar a produtividade dos agricultores, enquanto trabalha com stakeholders em todo o sistema alimentar, cumprindo sua promessa de enriquecer a vida daqueles que produzem e daqueles que consomem, garantindo o progresso para as próximas gerações. Mais informações disponíveis em www.corteva.com
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