Três contribuições que fazem dos agricultores líderes em soluções sustentáveis no campo.

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Quando os humanos deram início à exploração da terra, quase todos precisaram trabalhá-la para cultivar alimentos em quantidade suficiente para sobreviver. Mas, com o tempo, um grupo seleto de pessoas assumiu essa responsabilidade para a maioria de nós: os agricultores. Eles ocupam uma posição especialmente valiosa na nossa sociedade que depende desses homens e mulheres do campo para cultivar os alimentos. Porém, para cultivar os alimentos, é preciso cuidar do ambiente e isso inclui a terra. Um solo saudável gera produtividade.

Para os agricultores, a terra é vida. Essa conexão especial os coloca em condição de liderança na resolução de desafios ambientais. É um papel que os agricultores sempre assumiram e suas contribuições têm sido particularmente importantes em três principais áreas:

Defesa de solos saudáveis

Os agricultores começaram a cultivar a terra há cerca de 3.000 anos na Mesopotâmia. O preparo da terra amoleceu o solo e alterou suas propriedades físicas. Deu às sementes espaço para germinar, ajudou a controlar plantas daninhas e produziu melhores rendimentos1, mas também deixou o solo vulnerável à erosão. O solo preparado tem o potencial de perder mais carbono e nutrientes. Com o tempo, ele pode se tornar improdutivo.

Por volta de 1.700, os agricultores norte-americanos começaram a compreender melhor os efeitos da preparação do solo e a fazer ajustes. Eles experimentaram culturas de cobertura (para proteger o solo durante o inverno) e a rotação de culturas (plantação de diferentes culturas de estação para estação). E até começaram a desenvolver novas ferramentas agrícolas que tivessem impacto mínimo no solo.

Com o Dust Bowl (grande tempestade de areia) da década de 1930 nos Estados Unidos, surgiu uma nova consciência sobre conservação do solo. Os agricultores e a indústria agrícola responderam com inovações, como semeadores que plantavam diretamente no solo não preparado. Os agricultores começaram a adotar métodos de preparo que não eram apenas bons para a terra, mas também excelentes para a produtividade. Eles perceberam que os sistemas de plantio direto exigiam menos mão-de-obra, preservavam a umidade do solo e ajudavam o solo a reter nutrientes vitais para suas lavouras.

Solos mais saudáveis podem, muitas vezes, exigir menos insumos, como fertilizantes e pesticidas. Isso é bom para a terra e para o negócio agrícola. Os agricultores também podem escolher entre pesticidas avançados que têm menos impacto na saúde do solo. Por exemplo, os pesticidas seletivos que possuem como alvo pragas prejudiciais específicas, ao mesmo tempo que preservam os organismos que beneficiam o solo, como minhocas e nematoides benéficos.

Promoção da biodiversidade

A biodiversidade é outro princípio da agricultura que remonta a milhares de anos. Por exemplo, os primeiros agricultores descobriram que certas pragas benéficas atacavam as prejudiciais. Então, eles começaram a procurar maneiras de atrair insetos úteis para seus campos.

À medida que a nossa população cresceu e as necessidades alimentares aumentaram, mais terra foi colocada em produção e algumas áreas tornaram-se menos biodiversas. Não demorou muito para os agricultores perceberem o que estava em jogo e começarem a resolver o problema.

Nas áreas desmatadas, os agricultores descobriram que as colheitas prosperavam quando novas árvores e plantas nativas conseguiam florescer.5 As culturas de cobertura também se revelaram úteis para a biodiversidade. Juntamente com pomares, por exemplo, eles criam lares para insetos benéficos, que contribuem para um ciclo positivo de nutrientes para as árvores.6

Os agricultores protegem ativamente a biodiversidade nos limites dos seus campos, o solo sob o qual suas culturas estão e o ambiente natural que rodeia as suas atividades agrícolas. Com os benefícios da biodiversidade, os agricultores conseguem reduzir a quantidade de mão-de-obra e de insumos necessários para manter a atividade agrícola saudável.

Resposta às mudanças climáticas

Desde que deram início à plantação, os agricultores estão de olho no clima porque a agricultura depende do clima. Por esta razão, os agricultores podem estar na linha da frente da redução das emissões, da captura de carbono e de tornar a agricultura mais resiliente às alterações climáticas, para ajudar a criar um futuro com mais segurança alimentar.

Os agricultores em muitas áreas do globo são importantes usuários de energia limpa. Eles também ajudam a produzir fontes de energia renováveis através do cultivo de culturas que podem ser utilizadas como biocombustíveis. A tecnologia que melhora a eficiência na atividade agrícola 

também contribui muito para a redução das emissões. Por exemplo, produtos de proteção da próxima geração não precisam ser aplicados com tanta frequência, o que significa menos viagens pelo campo com tratores e pulverizadores, poupando combustível e recursos.

A consorciação, onde mais de uma cultura é cultivada ao mesmo tempo, também pode reduzir as emissões e aumentar a produtividade agrícola. A consorciação de cereais com leguminosas, por exemplo, ajuda a fornecer nitrogênio às plantas, o que é vital para o crescimento. Ao lado de técnicas de cultivo como estas, os agricultores estão combinando soluções biológicas com produtos estabilizadores de azoto. Por exemplo, o otimizador de eficiência nutricional UtrishaN* é um produto biológico da Corteva Agriscience que ajuda as plantas a maximizar a absorção de fertilizantes, capturando nitrogênio diretamente do ar. Pode ser usado com produtos estabilizadores de nitrogênio que ajudam a impedir que o fertilizante escoe para a água ou volte para o ar.

Por se dedicarem ao cultivo de plantas, os agricultores são aliados naturais no sequestro de carbono, ajudando a capturar carbono da atmosfera e armazená-lo no solo. As técnicas que os agricultores utilizam há séculos – como a plantação de culturas de cobertura e o preparo reduzido – também ajudam a capturar carbono.

Esforços como o sequestro de carbono e a melhoria de práticas que conservam a água, o solo e outros recursos também ajudam a tornar a atividade agrícola mais adaptável aos efeitos das mudanças climáticas que já estamos vendo atualmente. Estas práticas são combinadas com novas tecnologias, incluindo o monitoramento digital avançado das condições do solo e do clima, e a capacidade de escolher variedades de culturas com características úteis, como a tolerância à seca, para permitir aos agricultores gerir os seus campos sob uma variedade de condições. O acesso à gama de tecnologias e práticas disponíveis hoje em dia – bem como aquelas que ainda estão em desenvolvimento – ajuda a garantir que a atividade agrícola permaneça produtiva em um cenário de mudança climática.

Os agricultores sempre compreenderam que cuidar da terra é fundamental para a sua subsistência e para colocar alimentos nas mesas do mundo. Isto faz deles líderes naturais na resolução de problemas ambientais através de práticas que ajudam a manter os solos saudáveis, a promover a biodiversidade e a responder às mudanças climáticas. Desde as técnicas tradicionais de gestão que sempre foram boas para a terra até a utilização das tecnologias mais recentes, os agricultores continuam a ser precursores na proteção da terra da qual todos dependemos, para que ela permaneça produtiva e resiliente.

Utrisha™ N – é um inoculante biológico sólido para milho registrado no MAPA sob nº SP 005479-8.000003. O aumento da produtividade e rentabilidade foi observado nos campos experimentais, onde foram utilizados os produtos, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros.

  1. Farooq, Muhammad, and Kadambot H. Siddique. “Conservation Agriculture: Concepts, Brief History, and Impacts on Agricultural Systems.” Conservation Agriculture, 2014, 3–17. https://doi.org/10.1007/978-3-319-11620-4_1.
  2. Bergtold, Jason, and Marty Sailus, eds. Conservation Tillage Systems in the Southeast Production, Profitability and Stewardship. Sustainable Agriculture Research and Education. Acesso em 25 de maio de 2022. https://www.sare.org/resources/conservation-tillage-systems-in-the-southeast/.
  3. Duyck, Garrett, and Diane Petit. “Soil Health Practices and No-till Farming Transform Landscapes.” Natural Resources Conservation Council. USDA. Acesso em 25 de maio de 2022. https://www.nrcs.usda.gov/wps/portal/nrcs/detail/national/newsroom/features/?cid=nrcseprd1307111.
  4. Singh, Rinku, and G. S. Singh. “Traditional Agriculture: A Climate-Smart Approach for Sustainable Food Production.” Energy, Ecology and Environment 2, no. 5 (2017): 296–316. https://doi.org/10.1007/s40974-017-0074-7.
  5. Rodgers Johns, Tarn. “Agriculture Is a Gateway into Solving the Bigger Problems of Our Time.” What is Emerging? Acesso em 25 de maio de 2022. https://www.whatisemerging.com/profiles/agriculture-is-a-gateway-into-solving-the-bigger-problems-of-our-time-37954a83-3623-4d2f-89fc-b454c8a0316a.
  6. Brodt, Sonja, Johan Six, Gail Feenstra, Chuck Ingels, and David Campbell. “Sustainable Agriculture.” Nature Education Knowledge 3, no. 10 (2011). https://www.nature.com/scitable/knowledge/library/sustainable-agriculture-23562787/.
  7. “Farmers for a Sustainable Future.” American Farm Bureau Federation. Acesso em 27 de maio de 2022. https://www.fb.org/land/fsf.