Boas Práticas Agrícolas
O que faz o Manejo Integrado de Pragas (MIP) ser uma estratégia eficaz?
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Desde os primórdios da agricultura, os agricultores tiveram de se manter à frente das pragas para poderem colocar comida nas nossas mesas. As pragas – um termo que abrange insetos, plantas daninhas, nematoides e doenças que afetam o rendimento e a qualidade da produção agrícola – são uma ameaça constante. Os agricultores sempre procuraram novas e melhores formas de combater as pragas com práticas que equilibram o cultivo de culturas de qualidade e o bom cuidado da terra. Hoje, muitas destas práticas enquadram-se no conceito de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que é um processo decisório com base científica para o controle de pragas. As estratégias de MIP minimizam o impacto ambiental das práticas de controle e maximizam a oportunidade para os agricultores melhorarem o retorno econômico das suas culturas. Com muitas formas eficazes de controlar pragas, o MIP oferece aos agricultores opções para escolher as melhores soluções para a sua situação.
Antes de desenvolverem soluções para controlar as pragas, os agricultores precisam entender quais pragas enfrentam. Isto envolve diagnosticar adequadamente as adversidades presentes – sejam insetos, nematoides, doenças ou plantas daninhas – e aprender mais sobre como funcionam.
Nesta fase, os conhecimentos de consultores, agrônomos, especialistas em agricultura e em proteção de culturas podem ser úteis. Por exemplo, os agricultores podem trabalhar em colaboração com os especialistas da Corteva Agriscience em agronomia e proteção de culturas para obter informações adicionais sobre tendências, padrões e sinais de pragas que devem ser observados.
Uma parte importante do MIP é observar os limites, ou o nível em que a praga causa danos econômicos à atividade agrícola.
Os limiares são metas dinâmicas que podem variar dependendo de múltiplos fatores, como operações agrícolas, demandas dos consumidores e preços de commodities. Por exemplo, se o preço de commodity de uma cultura for elevado, o limiar é mais baixo porque mesmo um dano muito pequeno pode produzir um impacto econômico importante. Os limiares de pragas são atualizados de ano para ano, ajudando os agricultores a compreenderem melhor as ameaças potenciais aos seus campos.
Para determinar se estão no limiar, os agricultores podem avaliar as populações de pragas numa determinada área e utilizar fórmulas matemáticas para calcular a pressão global das pragas num campo mais vasto ou em toda a atividade agrícola. As contagens são muitas vezes feitas manualmente, mas muitos agricultores também estão utilizando novas tecnologias nas suas estratégias de MIP, como rastreamento por satélite, drones e data analytics para ajudar a identificar problemas de pragas na propriedade e ficarem atentos às ameaças futuras.
Armados com os dados corretos, os agricultores podem então tomar decisões com base na situação atual das pragas.
Por vezes, a melhor coisa que um agricultor pode fazer é esperar para ver. Se o problema não causar danos significativos à cultura ou ao negócio, não é necessária qualquer intervenção. Isto poupa tempo e recursos e significa que não há necessidade de introduzir uma nova prática ou produto no campo. Na abordagem de esperar para ver, os agricultores continuam a monitorar os limiares e ainda têm a opção de tomar medidas caso o cenário mude.
As práticas culturais abordam o controle de pragas no nível da planta ou do solo. Geralmente incluem preparo (ou plantio direto), plantação de variedades de culturas resistentes a pragas (incluindo características nativas e derivadas da biotecnologia), rotação de culturas, poda de vegetação que abriga pragas, nutrição adequada para que as plantas fiquem mais saudáveis e higienização (como limpeza de equipamentos para evitar espalhar resíduos).
São intervenções físicas como barreiras, telas, armadilhas, cobertura morta, capina manual ou mecanizada com a finalidade de removem as adversidades ou evitam que elas se infiltrem nas culturas.
Referem-se à utilização de organismos vivos, ou produtos derivados de materiais vivos, para tratar pragas. Isso pode incluir práticas como a liberação de insetos benéficos no campo para que ataquem as pragas, o uso de feromônios para atrair pragas para as armadilhas e a aplicação de produtos biológicos.
Existem muitas novas opções de produtos biológicos disponíveis. Os agricultores devem procurar produtos que tenham sido cuidadosamente avaliados e cuja eficácia tenha sido cientificamente comprovada e o modo de ação bem compreendido.
Os produtos biológicos da Corteva são estudados extensivamente antes de chegarem ao mercado para garantir que tratem as ameaças de pragas e funcionem conforme o esperado.
Os pesticidas são utilizados apenas quando absolutamente necessários. Em uma estratégia de MIP, eles são aplicados na quantidade e nos locais mais necessários. A evolução tecnológica dos produtos químicos tem proporcionado melhores escolhas aos agricultores quando precisam colocar essa prática em ação.
Os pesticidas mais modernos são concebidos para complementar as práticas de MIP com:
A manutenção de registros é uma parte crucial de uma estratégia de MIP. Com dados de longo prazo, os agricultores distinguem melhor as anomalias de uma única estação das tendências de pressão das pragas. Eles também conseguem ver como as intervenções selecionadas funcionam ao longo do tempo, para fundamentar decisões mais inteligentes ano após ano.
O MIP ajuda os agricultores a fazer o que fazem melhor: cultivar e cuidar bem da terra para hoje e para o futuro.
As pressões das pragas estão em constante mudança, mas o Manejo Integrado de Pragas proporciona aos agricultores um quadro científico para tomarem decisões e alterarem estratégias quando a situação exigir.
Com o MIP, os agricultores ajudam a garantir que a próxima geração de produtores tenha acesso a muitas opções eficazes de manejo de pragas, para que possam continuar a combater as adversidades de forma sensata, sem sacrificar a produtividade.