Este material foi elaborado à luz dos conhecimentos técnicos e de forma inspiradora pretende aprofundar o conceito do Manejo Integrado de Pragas.
Destacamos a seguir estratégias valiosas para capacitar e fortalecer a prática de uma agricultura mais sustentável, segura e produtiva. A cada página, uma iniciativa para cultivar novos horizontes.
Quais são as estratégias para o manejo de resistência de insetos?
Manejo da resistência de insetos
Existem três grandes estratégias para o Manejo da Resistência de Insetos (MRI)
Moderação: baseia-se na redução da pressão de seleção para preservação de insetos suscetíveis na área (ex.: interrupção do uso de determinado inseticida).
Saturação: reduz a presença de insetos resistentes na área, ou seja, há um aumento de doses de inseticidas, além de depender de uma grande migração de insetos suscetíveis para a área sob manejo (ex.: áreas de refúgio e plantas Bt alta-dose).
Ataque múltiplo: envolve a utilização de duas ou mais táticas de manejo, incluindo uso de rotação de inseticidas. A ideia é minimizar a seleção da resistência para o inseticida.
Conceitos fundamentais para o MRI
O que é uma planta de alta-dose?
É uma planta Bt com proteína inseticida em concentração, pelo menos, 25 vezes maior que a necessária para controlar 99,9% dos indivíduos suscetíveis. Essa planta é capaz também de controlar indivíduos heterozigotos (estratégia de saturação).
O que é Piramidação?
Uso de mais de uma proteína inseticida na planta Bt. As combinações de proteínas devem ser tóxicas para a mesma praga-alvo. Caso contrário, será uma planta “estaqueada” (estratégia de ataque múltiplo).
Boas práticas agrícolas nas lavouras Bt
São recomendadas as seguintes práticas:
Dessecação antecipada
Recomendada 30 dias antes do plantio para evitar a presença de massa verde e área para reprodução de pragas.
Uso de semente certificada
A qualidade e integridade genética das sementes é assegurada pelos procedimentos adotados durante seu desenvolvimento e produção.
Tratamento de sementes
Auxilia no controle de pragas e doenças iniciais da lavoura.
Controle de plantas daninhas e voluntárias
Essas plantas podem servir como hospedeiras para pragas da cultura.
Monitoramento de pragas
Deve-se realizar o monitoramento de pragas durante todo o ciclo da cultura realizando uma amostragem, avaliando o nível de dano na cultura e a necessidade de aplicação de inseticida.
Plantio de áreas de refúgio
Para a tecnologia Bt é fundamental a adoção de Áreas de Refúgio, ou seja, áreas de lavoura que não possuem tecnologia Bt. Elas servem como fornecedoras de insetos suscetíveis para prevenir ou retardar a evolução da resistência.
Como plantar área de refúgio
Sistema mosaico na prática: