Durante o desempenho de suas atividades no campo, o trabalhador rural fica exposto a diversas situações de risco à saúde, principalmente quando está em contato com substâncias químicas.
Neste conteúdo trazemos uma série de informações preventivas para reduzir os riscos de exposição e contaminação com produtos fitossanitários.
Tipos de absorção
Absorção dérmica: Ocorre através do contato do produto (pó, líquido ou gás) com a pele por respingos, névoa de pulverização ou pelo uso de roupas contaminadas. A via dérmica é a porta de entrada mais frequente das intoxicações por produtos fitossanitários, principalmente através das mãos, braços, pernas, pescoço, face e couro cabeludo, é muito perigosa e pode ser mais intensa quando se utiliza formulações oleosas.
Absorção por via respiratória: É uma das principais vias de entrada de praguicidas no organismo em aplicações que produzem gases, vapores, fumos, fumaças, neblinas e poeiras, principalmente se realizadas em espaços confinados ou em condições inadequadas.
Contaminação oral: É o meio menos provável de intoxicação em situação normal de uso. Porém, imprudências como comer, beber e fumar com as mãos contaminadas, guardar produtos em embalagens não originais, que podem ser confundidas com alimentos ou bebidas, podem levar à ingestão acidental que é extremamente perigosa e, na maioria das vezes, responsável pelas intoxicações mais graves.
Tipos de exposição
Exposição direta: ocorre quando o produto fitossanitário entra em contato direto com a pele, olhos, boca ou nariz. Isso normalmente acontece quando os trabalhadores manuseiam ou aplicam produtos sem o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
Exposição indireta: ocorre quando as pessoas entram em contato com plantas, alimentos, roupas ou qualquer outro objeto contaminado. Trabalhadores em exposição indireta não manipulam os produtos fitossanitários, mas trabalham em áreas vizinhas onde eles são utilizados.
Principais sintomas de intoxicação
Contaminação por contato com a pele: Irritação, pele seca e rachada, mudança na coloração da pele com áreas amareladas ou avermelhadas, descamação ou pele com aspecto de sarna.
Contaminação por inalação (via respiratória): Ardência na garganta e pulmões, tosse, rouquidão e congestionamento das vias respiratórias.
Principais sintomas de intoxicação
Contaminação por ingestão: irritação da boca e garganta, dor no peito, náuseas, diarreia, transpiração anormal, dor de cabeça, fraqueza e cãimbra.
Primeiros socorros principais medidas
Preste atendimento à pessoa conforme instruções de primeiros socorros descritas no rótulo ou na bula do produto.
Enxague a vítima com água corrente, vista roupas limpas e leve-a imediatamente para o serviço de saúde mais próximo. Mostre a bula ou o rótulo do produto ao médico ou enfermeira.
Quando chegar ao serviço de saúde, ligue para o telefone de emergência do fabricante informando o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone do serviço de saúde onde o atendimento está sendo feito. Assim, o fabricante poderá informar ao profissional de saúde sobre a toxicologia do produto.
Para evitar a intensificação dos sintomas, toda pessoa intoxicada deve receber atendimento médico urgente.
Fique de olho
A principal regra é sempre ler o rótulo e seguir as instruções da bula, onde estão descritas informações sobre o fabricante, manuseio, precauções, primeiros socorros, equipamentos de proteção individual, destinação das embalagens, entre outros.
Itens do EPI
Os EPIs devem conter o número do Certificado de Aprovação (C.A.) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ordem de vestir e retirar EPIs*
*De acordo com orientações do “Manual de Boas Práticas no Uso de EPI’s” da ANDEF.
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