Com o crescimento da cultura em área, ocorre também o aumento da pressão de doenças, o que pode reduzir significativamente a produtividade, chegando a perdas de até
100% quando não se aplica nenhuma ferramenta de controle.
Neste cenário, o manejo de doenças por meio do uso de fungicidas (controle químico) é uma estratégia indispensável para manter a produtividade da cultura.
Os fungicidas podem ser classificados de diversas formas, as principais envolvem aspectos relacionados a:
Nesta publicação, selecionamos algumas informações importantes para o manejo da resistência aos fungicidas, visando um resultado mais eficiente no manejo de doenças da soja.
Doenças
As doenças estão entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos na cultura da soja. Neste cenário, a adoção de estratégias de controle que visem a redução dos prejuízos que podem ser causados pelo ataque dos patógenos é imprescindível.
A pesquisa para esse segmento avançou muito nos últimos anos e, hoje, o produtor pode proteger sua lavoura desde a semeadura até o final do ciclo da cultura. Pensando na semeadura, o fungicida presente no tratamento de sementes promove a proteção da lavoura de soja durante o período de germinação e auxilia na uniformidade do estande.
Já nas aplicações de fungicidas foliares, há a proteção da cultura instalada, podendo evitar ou retardar o progresso do desenvolvimento das doenças fúngicas, o que possibilita a expressão do máximo potencial produtivo da cultivar.
Para a manutenção da eficácia dos fungicidas, é preciso adotar uma série de boas práticas, visando o manejo da resistência dos fungos. O complexo de doenças existente no sistema de cultivo da soja é muito amplo. Vai desde patógenos presentes no solo, que infectam a semente ou a parte aérea da planta, até aqueles que sobrevivem na matéria morta.
Entre as principais doenças da soja estão:
É importante destacar a necessidade de conhecimento dos fatores essenciais para a expressão das doenças em campo. Conhecendo esses fatores, é possível determinar as estratégias que podem reduzir os prejuízos causados pelas doenças.
Aplicações de fungicidas
Para o sucesso no controle de doenças da soja, recomenda-se um programa de fungicidas de três a quatro aplicações.
Para o controle químico dos fitopatógenos que infectam a soja, é recomendado que estes fungicidas tenham modos de ação complementares, que ofereçam alta sistemicidade e efeito
translaminar. Ou seja, que tenham rápida absorção pela planta, atingindo uma área foliar protegida maior, gerando menor risco de lavagem pela chuva e controle eficaz e imediato.
Para que o manejo obtenha a máxima eficiência é fundamental que as aplicações sejam realizadas de forma preventiva, e que o intervalo seja de, no máximo, 14 dias, sem deixar de lado a adoção de fungicidas multissítio.
Os fungicidas multissítio devem estar sempre inseridos no programa de aplicação de fungicidas como estratégia antirresistência. Seu mecanismo de ação atua de forma complementar, agindo simultaneamente em pontos diferentes do metabolismo do fungo, permitindo um controle mais eficaz da doença.
O o que é o Manejo da Resistência
A resistência é transmitida geneticamente e resulta de uma ou mais mutações no fungo alvo. Quando a resistência se torna um problema prático, as mutações geralmente provocam uma alteração no sítio que é alvo bioquímico, fazendo com que a ligação do fungicida seja menos efetiva, ou até que não ocorra.
Vários fatores podem favorecer o aumento da população de fungos resistentes no campo, dentre eles:
Os tratamentos com fungicidas são, e permanecerão, essenciais para a manutenção de culturas saudáveis e produção confiável e de alta qualidade.
Os fungicidas são componentes-chave para o manejo integrado de culturas e sua efetividade deve ser mantida tanto quanto possível. Nesse cenário, práticas que favoreçam a manutenção da resistência aos fungicidas são indispensáveis, pois irão garantir que os ingredientes ativos se mantenham eficientes, favorecendo assim o controle efetivo das doenças no campo.
Práticas para o manejo da resistência
Nenhuma prática isolada é eficaz no controle dos fitopatógenos. Por isso, existem diversas ações que combinadas ajudam a reduzir o inóculo inicial, facilitando o manejo das doenças.
O uso de estratégias integradas também é essencial para o manejo da resistência e, por consequência, importante na sustentabilidade das tecnologias e no controle das doenças no campo.
ESTRATÉGIAS ANTIRRESISTÊNCIA:
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